11/03/2024 14:47

“Por que os servidores da UFSC vão entrar em greve?”: Carta aberta à comunidade acadêmica e à sociedade

CARTA ABERTA À COMUNIDADE ACADÊMICA E À SOCIEDADE

Nós, trabalhadores técnico-adminis-trativos em educação (TAE´s) da UFSC, assim como demais colegas de categorias das universidades de todo o Brasil, atendendo o indicativo da nossa federação nacional, a Fasubra, decidimos em assembleia do Sindicato de Trabalhadores em Educação da Universidade Federal de Santa Catarina – SINTUFSC que, a partir do dia 11/03/2024, ESTAREMOS EM GREVE.

Nesse sentido, gostaríamos de apresentar à comunidade acadêmica e à sociedade, os motivos que nos levaram a tomar essa decisão extrema que atinge a vida de todos nós. Ao contrário do que a grande mídia costuma veicular, os trabalhadores técnico administrativos não pararam durante o período de recesso das aulas, e tampouco pararam durante a pandemia. Se os estudantes terão condições de retornar às aulas no dia 11/03, é porque os servidores TAEs garantiram a realização das matrículas e todos os procedimentos para que a universidade não parasse de funcionar.

Durante a pandemia o mesmo aconteceu: enquanto os trabalhadores TAE´s da universidade adaptaram suas atividades para o trabalho remoto, os TAE´s que trabalham no HU dedicaram e arriscaram suas vidas no combate à pandemia de Covid 19.

Entretanto, ao longo dos anos, esses trabalhadores têm sido continuamente desvalorizados pelos governos, tanto presente quanto passados. É crucial recordar que nós, enquanto funcionários do Estado, dedicamos nossos esforços à prestação de serviços à sociedade. Não estamos subordinados aos governantes, independentemente de sua reputação ética, e é exatamente por isso que lutamos pela manutenção e proteção da estabilidade do serviço público. Nesse sentido, explicamos aqui alguns dos principais motivos da decisão pela greve:

  • I) Reestruturação da carreira: A carreira dos TAE´s é regida pelo Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação. Esse documento foi criado através da Lei nº 11.091 de 12 de janeiro de 2005, e sofreu apenas uma pequena alteração em 2014 e nunca mais foi revisto. A Lei normatiza sobre os percentuais e tempos de progressão, incentivos à capacitação e qualificação, entre outras coisas. Com a aposentadoria cada vez mais longe de se tornar realidade, se faz necessário a revisão de diversos pontos desse documento. O governo alega falta de recursos para reestruturar nossa carreira, porém já promoveu a reestruturação em 9 carreiras distintas.
  • II) Reposição salarial: Ao contrário dos trabalhadores que possuem registro em carteira que são contratados pela CLT, nós, trabalhadores do serviço público federal, não temos data-base, ou seja, não temos reajuste salarial anual de acordo com a inflação. Isso quer dizer que o governo deve prever o nosso reajuste na Lei Orçamentária Anual, mas isso não acontece! Assim, a greve se torna a arma de reivindicação quando o governo não está disposto a negociar. O último reajuste salarial que obtivemos como resultado de uma greve foi em 2015, dividido em dois anos. Desde então, entre 2015 e 2024, nossa perda salarial acumulada ultrapassa os 70%. Embora tenhamos recebido um pequeno reajuste de 9% em 2023, ele está longe de compensar essas perdas. Diante disso, imaginemos o que você também se questionaria: o que faria se estivesse recebendo praticamente o mesmo salário de nove anos atrás? 
  • III) Defesa da universidade e dos serviços públicos: nos últimos anos as universidades vêm sofrendo com sucessivos cortes de recursos, que afetam não só a manutenção do espaço físico da universidade, como também a rotatividade e ausência de trabalhadores, bem como a permanência dos estudantes com maior vulnerabilidade e dificuldades de se manterem estudando. Sabemos da importância da universidade tanto na produção de pesquisa, desenvolvendo ciência e tecnologia para atender a diversos problemas da nossa sociedade, como nas atividades de extensão abertas à comunidade, e principalmente na formação dos estudantes de diversos locais do país e diversas classes sociais. Defender a valorização dos trabalhadores e recomposição do orçamento para a universidade é defender a qualidade dos nossos serviços, é defender que a universidade continue pública e não venha a cobrar mensalidade. É defender o direito social à educação universal, gratuita e de qualidade.

Dessa forma, a luta dos TAEs tem consequências muito maiores, que extrapolam os portões da universidade. A melhoria das condições de trabalho ocasionam no melhor atendimento à comunidade acadêmica, na melhoria dos serviços prestados para a sociedade e na formação dos profissionais que atuarão no mercado de trabalho.

Repudiamos veementemente os discursos que nos rotulam como privilegiados com salários elevados. Pertencemos a uma das categorias mais sub-remuneradas do serviço público federal. Somos pais e mães de família, trabalhadores cujos salários são frequentemente comprometidos por empréstimos bancários, muitas vezes a única solução para garantir a sustentabilidade de nossos lares ao final do mês.

Diante disso, reforçamos nosso compromisso com a sociedade e com os cidadãos e por isso salientamos, especialmente aos estudantes da Universidade, que manteremos um diálogo aberto com as entidades do movimento estudantil.

Também contamos com a compreensão de todos e convidamos toda a comunidade acadêmica para juntar-se aos trabalhadores técnico-administrativos em educação na luta em defesa da universidade e dos serviços públicos e por melhores condições de estudo, trabalho e de vida!

TAEs em Greve!

AÇÃO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DO PPGEP

01/03/2024 15:55

O Prof. Carlos Taboada Rodriguez, titular do nosso Programa de Pós-Graduação, foi designado, com base no artigo 13.2 do Decreto Real 99/2011, para presidir uma Banca de defesa de Doutorado em uma Universidade da Espanha, que ocorreu no dia 15 de Fevereiro/2024, no Programa de doutorado de Economia e Empresa da Universidade Jaume I, da região de Valencia, com o título “Sustainability implementation and management in organizations. Proposal of framework, methodologies and business intelligence computer tools“.

Esta corresponde a uma ação estratégica de Internacionalização – um dos Pilares do Planejamento Estratégico do PPGEP, e demonstra o reconhecimento da qualidade do nosso Programa. Nosso reconhecimento Prof. Taboada pelo mérito e excelente papel na coordenação do Pilar de Internacionalização do PPGEP.

Profª Lizandra Vergara – Coordenadora PPGEP

Classificação de alunos solicitantes de bolsa de estudo – 2024/1

29/02/2024 13:07

Segue classificação de bolsistas, conforme interesse e regras estabelecidas pelo Colegiado do programa.

 

DOUTORADO    
Matrícula Orientador Nota final Classificação
202400281 Guilherme Tortorella 4,70 1
202400133 Diego Fettermann 4,70 2
202203477 Lizandra Vergara 3,80 3
202203478 Fernando Forcellini 1,70 4
202400131 Guilherme Tortorella 0,60 Desclassificado
202400132 Dalton de Andrade 0,00 Desclassificado
MESTRADO      
Matrícula Orientador Nota final Classificação
202400129 Dalton de Andrade 5,00 1
202305326 Sandra Ensslin 3,05 2
202205578 Edson Paladini 1,60 3
202205575 Marina Bouzon 0,75 Desclassificado
202400134 Marina Bouzon 0,00 Desclassificado
202303078 Marina Bouzon 0,00 Desclassificado